terça-feira, 13 de setembro de 2011

CONGRESSO DO PARTIDO SOCIALISTA COM NOVO/VELHO LÍDER (IN)SEGURO



Realizou-se mais um Congresso do Partido Socialista. Por aquilo que se viu, politicamente não trouxe qualquer valor acrescentado. A confirmação de um líder de transição, calculista, sem ideias, sem projectos, sem a capacidade de fazer uma ruptura com o passado recente. Incapaz de assumir os erros cometidos pelo seu partido na governação do país. Sem a coragem de falar na arrogância na forma e conteúdo do seu antecessor, que mantêm a sua sombra e a sua corte real, neste novo/velho PS. Um partido em desespero. Tal é o desespero, de afirmação e identidade, que teve que ir recuperar o velhinho símbolo do punho (antes o punho do Rafael Bordalo Pinheiro). Nem criatividade, nem engenho para apresentar uma nova imagem, que fosse a de um símbolo virado para a modernidade, para o futuro, e sem amarras do passado.
Um congresso morno, cinzento, de paz podre, que chegou a ser mesmo bafiento. A sessão de homenagens aos senadores de sempre. A eterna discussão dos lugares nas listas para os órgãos! Um congresso de avestruz, com a cabeça enterrada na areia. E, o país, à espera, não de um milagre, não de um relatório cientifico saído de um tal “laboratório de ideias” (que não se sabe bem o que é, nem a sua utilidade). E o país, à espera de oxigénio, e a sobreviver de cuidados paliativos da troika. Do congresso podia ter saído uma ou duas medidas curativas. Mas não, não saiu nada! Corrijo, saiu! Saiu um líder a prazo, um líder jovem/velho, um líder in(seguro), que jamais governará Portugal (e ainda bem, para os portugueses).
Deste Congresso, podia ter saído um líder responsável, determinado, visionário, politicamente preparado e capaz de se juntar àqueles que querem Salvar Portugal e a Europa. Um líder centralizado no essencial, e não no acessório do jogos de bastidores, dos interesses das facções, dos senadores e do facilitismo das cedências do partido esboroado. Podia ter saído um líder da política da verdade, da ruptura, e do incómodo de um novo paradigma. Um líder que não utilizasse a estratégia da passagem pelo intervalo dos pingos da chuva – para sair incólume das responsabilidades. Enfim, um líder que assumisse as responsabilidades dos erros do passado recente, mas com vontade e disponibilidade para os corrigir.  
“Quem não enfrenta tempestades, acaba rastejando!” E assim, passo a passo o país vai sobrevivendo de mão estendida, tal foi o estado crítico, que as rosas e o charme armani deixaram o país. “Foge cão que te fazem Barão. Para onde se me fazem Visconde!” 

11 comentários:

  1. Estou muito desiludido com o Ps local, como foi capaz de permitir que uma barbaridade como esta tenha acontecido, uma falta de respeito e consideração a quem tanto apoiou e ajudou este camarada a chegar a secretário geral do Ps. Não quero acreditar que jogadas de bastiadores tiveram como ponto de partida para este desfecho, infelizmente o João Portugal teve de tomar esta posição, algo que a mim me deixa de veras extremamente frustrado por nada poder fazer para alterar os factos consumados e conhecidos por todos os militantes. Como refere o texto o AJS vai ser apenas o Secretário-geral da transição...

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  2. O Seguro demonstrou que não tem perfil para liderar o PS. É um líder a prazo. PONTO FINAL!!!!!!

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  4. Os piratas das Caraíbas já deram mais uma cambalhota???

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  5. A Figueira merecia ser tratada de forma diferente. Não é justo, que depois de ter dado tanto apoio ao Seguro, não exista ninguém da Figueira em lugar elegível para os órgãos nacionais. Nem o Iglésias, o Fortunato, o Luis Ribeiro, homens de mão do Presidente da Federação conseguiram um lugar para representar a pobre Figueira.

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  6. Iglésias, pelo que tem trabalhado pelo partido, merecia um lugar de destaque na comissão nacional, foi uma vergonha o que lhe fizeram.

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  7. -“ Não esperava muito mais do Congresso Socialista. Porém, tendo em conta o grande mutismo do actual secretário-geral, sinal do “distanciamento” tomado em relação a Sócrates, talvez surgisse com um lote de ideias, com uma lista poderosa de reflexões sobre a nossa sociedade, com um farto grupo de concepções inovadoras. Nada. Esperemos, no entanto, que a praxis se oponha à secura exposta. Esperemos.
    Uma nota para a intervenção de Francisco Assis. Não foi, apenas, a força do texto, mas também o teor do que disse. Expressou, sem rebuço, a lealdade para com Sócrates. Não se Trata de fidelidade; sim de lealdade. Fidelidade é coisa de cão; lealdade é traço de carácter. “
    Baptista-Bastos (escritor) excerto da crónica “O Congresso do esperemos” publicada no Diário de Notícias de 14 de Setembro

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  8. Acho que a culpa disto é do Maizenix, é uma vergonha o que fez ao da Sr. Encarnação e ao Iglesias... Parece que não perdeu o hábito de continuar a afiar a faca...

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  9. A vergonha continua no Ps da Figueira, então já há demissões no secretariado ? Mas ninguem mete a mão nisto ? Qual é o futuro que o Ps vai ter nas próximas eleições ? Falta responsabilidade a esta estrutura tão descredebilizada... É preciso um murro na mesa e acabar com estas guerras fúteis que tanto colocam em causa o partido, ou isto muda ou ainda nos arriscamos a perder a câmara... Onde está o nosso D. Sebastião ?

    Rui B.

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  10. O D.Sebastião de qual facção ? É que esse papel no lado do Iglésias é o Luis Ribeiro e no lado do Maizena é o Luis Castro ! Cheira-me que o Luis vai ganhar ! Agora qual deles ? Aposto no "cavalo" patrocinado pelo Iglésias... muito trabalho que já foi feito...

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  11. Como é possivel nada do que se passou no Congresso sobre a Figueira não ter saído na comunicação social ? Os militantes têm o direito de saber a vergonha que se passou !

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